sexta-feira, 25 de junho de 2010

Momentos iguais e situações diferentes

Domingo, às 11h, todos nós amantes do futebol estaremos congelados em frente à televisão. Já pelas oitavas de final da Copa do Mundo, irão se defrontar duas das seleções que chegaram como favoritas ao mundial, Inglaterra e Alemanha. É certo que nem uma das duas realmente empolgou nesta copa, salvo a exceção da Alemanha na sua estréia em que venceu a Austrália por 4x0, mas com o fator de ter atuado boa parte do jogo com um a mais em campo. Analisando as duas seleções observamos momentos parecidos mais em fases diferentes. O English Team muito badalado até o inicio da competição não empolgou. Se classificando em segundo no Grupo C em que o líder é a seleção dos Estados Unidos. Do ponto de vista técnico, a seleção inglesa tem jogadores de qualidade técnica indiscutível e consagrados em seus clubes. Astros como Frank Lampard, Steven Gerrard, Ashley Cole, John Terry, são de uma geração que vê nesse mundial a ultima chance de realmente fazer algo pela seleção, já que não conquistaram nada pela seleção da terra da rainha. Aliados a qualidade e juventude do astro Wayne Rooney, e do bom lateral Glen Johnson, não conseguiram fluir o tão esperado futebol apresentado na Barclays Premiere League, a primeira divisão do campeonato inglês. E justamente aí está o problema. Os principais clubes do campeonato inglês tem poucos ingleses como principais jogadores, e os que tem foram citados acima. O Arsenal, de Londres, freqüentemente entre os finalistas da Champions League e Favorito ao titulo nacional não tem NENHUM inglês como titular absoluto da equipe. Como exemplo claro disso podemos observar o problema no gol inglês. Chelsea, Manchester United, Arsenal e Liverpool têm goleiros estrangeiros como titulares e até como seus reservas imediatos. David James, o titular no momento, há tempos é contestado, e é goleiro do Porthsmouth, clube que foi rebaixado com várias rodadas de antecedência nesta temporada. No ataque à mesma situação. Tirando Rooney, como principais atacantes dos clubes ingleses observamos Drogba e Anelka pelo Chelsea, F. Torres pelo Liverpool, Van Persie, Arshavin e Bendtner pelo Arsenal. Assim, há tempos Fabio Capello encontra problemas com a camisa 1 e com o companheiro ideal de Rooney.
Já a seleção alemã está num momento mais avançado com relação a essa transição de gerações, mais também com um futebol sem empolgar. Com a lesão do ex-capitão e caricatura de craque Michael Ballack, o técnico Joachim Löw se viu obrigado a escalar jovens promessas como Thomas Muller e Özil. Em conjunto com os já tarimbados Lahn, Schweinsteiger e Podolski mostram sinais de que podem mostrar um futebol até melhor do que o esperado com a formação original, mas talvez ainda por falta de entrosamento, ou ainda sentindo o clima e a pressão da copa o futebol ainda não encaixou. Uma pena para as duas equipes e para nós apaixonados pelo bom jogo, que não haverá mais tempo além de domingo para que as duas se acertem. Apenas uma continua, enquanto a outra ficará apenas na lembrança. E provavelmente uma lembrança não tão boa quanto à esperada.

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