quinta-feira, 1 de julho de 2010

O que é que a Holanda tem?

Brasil e Holanda de enfrentam amanhã as 11hrs ( Brasilia) pelas quartas de final da Copa do Mundo da Fifa, em Porto Elizabeth, na Africa do Sul. E plagiando a famosa estrofe da música da nossa eterna rainha do rádio, Carmem Miranda, coloco em pauta o assunto em debate nos últimos dias: O que é que a Holanda tem? Do que ela é capaz? Hoje pela manhã em um noticiário televisivo um repórter falando diretamente do local do jogo, afirmou categoricamente ‘’Se marcar o Robben e a única jogada que ela tem, o time deles se torna mediano’’.
Mas será mesmo? Pessoalmente não concordo, e não concordo por muito. O camisa 11, Arjen Robben do Bayern de Munique, pode ser sim colocado como o melhor jogador e principal estrela da Laranja Mecânica, mas há vários outros jogadores que não me surpreenderiam se ganhassem respectivo titulo.
Ao seu lado no meio-campo, por exemplo, temos vestindo a camisa 10, Wesley Sneijder, um dos principais jogadores na conquista da Champions League pela Inter de Milão. Extremamente rápido, habilidoso, com grande qualidade no passe e em lançamentos de longa distancia, precisa apenas de um mínimo de espaço para deixar um companheiro na cara do gol, ou ele mesmo decidir a jogada, pois também finaliza muito bem.
No ataque temos Dirk Kuyt, do Liverpool, não tão habilidoso quando os já citados, mais compensa com sua explosão física, movimentação incansável, e oportunismo, bom posicionamento, hora aberto nas pontas, hora centralizado. Fechando o ‘’quadrado’’ ofensivo holandês, temos Robin Van Persie, estrela do Arsenal da Inglaterra. Com uma rapidez impressionante, inteligente, muito habil e enorme categoria em seu pé esquerdo. Finaliza bem, e também sabe servir aos companheiros.
Dos quatro citados, Robben, Sneijder e Van Persie são exímios cobradores de faltas. Como opção no banco as opções também são de muita qualidade, como o Elia do Hamburgo, Babbel do Liverpool, Huntelaar do Milan, além de Van der Vart, meia do Real Madrid, uma espécie de 12° titular, de muita qualidade técnica. Aliando esse poder ofensivo eles tem dois volantes de qualidade como o experiente Van Bommel e De Jong.
Observamos que o ponto fraco holandês seja a defesa, que não conta com craques como o ex-jogador Jaap Stan e o goleiro Van der Sar, que decidiu não atuar mais pelo selecionado holandês. O substituto do goleiro do Manchester, Stekelenburg, passa confiança e tranqüilidade no gol, e a defesa ainda conta com e experiência do lateral esquerdo Van Bronckhorst, com muitos anos e vários títulos pelo Barcelona, hoje atuando pelo Feyenoord.
Vale ressaltar que até agora, a defesa holandesa tomou apenas dois gols na copa, sendo ambos de pênalti. Pelo visto, a Holanda tem, e muita, condição de vencer o Brasil amanhã. A nós resta apenas torcer para que a Seleção brasileira esteja num dia inspirado e desenvolva um bom futebol, pois é jogo tem tudo para ser memorável.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Momentos iguais e situações diferentes

Domingo, às 11h, todos nós amantes do futebol estaremos congelados em frente à televisão. Já pelas oitavas de final da Copa do Mundo, irão se defrontar duas das seleções que chegaram como favoritas ao mundial, Inglaterra e Alemanha. É certo que nem uma das duas realmente empolgou nesta copa, salvo a exceção da Alemanha na sua estréia em que venceu a Austrália por 4x0, mas com o fator de ter atuado boa parte do jogo com um a mais em campo. Analisando as duas seleções observamos momentos parecidos mais em fases diferentes. O English Team muito badalado até o inicio da competição não empolgou. Se classificando em segundo no Grupo C em que o líder é a seleção dos Estados Unidos. Do ponto de vista técnico, a seleção inglesa tem jogadores de qualidade técnica indiscutível e consagrados em seus clubes. Astros como Frank Lampard, Steven Gerrard, Ashley Cole, John Terry, são de uma geração que vê nesse mundial a ultima chance de realmente fazer algo pela seleção, já que não conquistaram nada pela seleção da terra da rainha. Aliados a qualidade e juventude do astro Wayne Rooney, e do bom lateral Glen Johnson, não conseguiram fluir o tão esperado futebol apresentado na Barclays Premiere League, a primeira divisão do campeonato inglês. E justamente aí está o problema. Os principais clubes do campeonato inglês tem poucos ingleses como principais jogadores, e os que tem foram citados acima. O Arsenal, de Londres, freqüentemente entre os finalistas da Champions League e Favorito ao titulo nacional não tem NENHUM inglês como titular absoluto da equipe. Como exemplo claro disso podemos observar o problema no gol inglês. Chelsea, Manchester United, Arsenal e Liverpool têm goleiros estrangeiros como titulares e até como seus reservas imediatos. David James, o titular no momento, há tempos é contestado, e é goleiro do Porthsmouth, clube que foi rebaixado com várias rodadas de antecedência nesta temporada. No ataque à mesma situação. Tirando Rooney, como principais atacantes dos clubes ingleses observamos Drogba e Anelka pelo Chelsea, F. Torres pelo Liverpool, Van Persie, Arshavin e Bendtner pelo Arsenal. Assim, há tempos Fabio Capello encontra problemas com a camisa 1 e com o companheiro ideal de Rooney.
Já a seleção alemã está num momento mais avançado com relação a essa transição de gerações, mais também com um futebol sem empolgar. Com a lesão do ex-capitão e caricatura de craque Michael Ballack, o técnico Joachim Löw se viu obrigado a escalar jovens promessas como Thomas Muller e Özil. Em conjunto com os já tarimbados Lahn, Schweinsteiger e Podolski mostram sinais de que podem mostrar um futebol até melhor do que o esperado com a formação original, mas talvez ainda por falta de entrosamento, ou ainda sentindo o clima e a pressão da copa o futebol ainda não encaixou. Uma pena para as duas equipes e para nós apaixonados pelo bom jogo, que não haverá mais tempo além de domingo para que as duas se acertem. Apenas uma continua, enquanto a outra ficará apenas na lembrança. E provavelmente uma lembrança não tão boa quanto à esperada.

domingo, 20 de junho de 2010

O Brasil que não parece Brasil.

E o Brasil venceu sua segunda partida na Copa do Mundo da África. Um 3x1 contra a Seleção de Costa do Marfim. Aí a gente observa o placar e imagina que a Seleção jogou bem, pressionou a seleção africana. Mas não foi isso que se viu, principalmente no primeiro tempo. O time de Dunga começou o jogo com o mesmo futebol pragmático de sempre. A dupla Gilberto Silva – Felipe Melo Não consegue dar ritmo a saída de jogo da Seleção. Lentos, sem técnica, e sem os principais fundamentos para um volante como a qualidade no passe, a visão de jogo, o dinamismo do futebol brasileiro acaba empacando na falta de recursos da dupla brasileira. Assim Costa do Marfim se mostrava mais perigosa, dominando o jogo, até que o futebol armou das suas. Robinho, apagado no jogo, domina uma bola toca para Luis Fabiano, este que por sua vez de calcanhar ajeita para Kaká e sai para receber na frente. O camisa 10 com grande visão coloca o Fabuloso na cara do gol marfinense, e esse sem dó estufa o goleiro Barry, abrindo o placar e acabando com o jejum de seis jogos sem gols pela Seleção Brasileira. E mesmo após o gol o Brasil não conseguiu dominar o jogo como a torcida espera. Veio o intervalo e a seleção africana esqueceu-se de jogar futebol. Drogba estava pouco inspirado, Yaya Touré de preocupado mais em provocar Kaká do que em jogar. Mais nem deu tempo de nada. Luis Fabiano, numa jogada em que ele conseguiu juntar a genialidade de Pelé com a malandragem de Maradona, fez um golaço. Após dividida pelo ar em que já houve um toque com a mão na bola ele aplicou dois chapéus em seqüência em Zokora e Kolo Touré, e após ajeitar a bola claramente com mão, fuzilou o goleiro e decretou o 2x0 no placar. O Brasil continuou no seu ritmo tentando criar jogadas, quando Kaká apareceu pela esquerda, e serviu Elano que teve o trabalho de apenas colocar a Jabulani no fundo das redes dos marfinenses. A partir daí o time de Dunga começou a gastar a bola, e a seleção de Sven-Goran Eriksson a ser mais ríspida em divididas de bola. Numa mais forte, Elano sofreu entrada criminosa de Tioté e precisou ser substituído. Nem mesmo o gol de Drogba no finzinho mudou o panorama do jogo, que já estava decidido. Como ponto negativo fica a expulsão de Kaká que vai desfalcar o Brasil no jogo contra Portugal.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Enfim, acabou!

Felizmente chegou ao fim o famigerado e cansativo campeonato paranaense. Novamente sobre o regulamento do ‘’Super-mando’’ o campeonato teve um fim melancólico, sem despertar o interesse da torcida, nem investidores. Percebemos isso pela falta de placas publicitárias nos estádios. Mesmo com a RPC fazendo todo investimento na transmissão o campeonato não conseguiu empolgar. Ao longo dos 119 jogos, foram marcados 326 gols, uma média até razoável de 2,74 gols por jogo. Mais os quase três gols por jogo, não são reflexo da falta de emoção dos jogos. Salvo os clássicos, não me recordo assim de nenhum outro jogo que mereça ser mencionado por esse que vos escreve. No final, o balanço que fazemos é que com formulas mirabolantes de disputa como estas dos últimos anos, só esvaziam um campeonato que já foi um dos mais charmosos e atrativos do Brasil com vários clássicos espalhados pelo estado, mexendo com a população envolvendo todos em jogos memoráveis como o “Clássico do Café”, por exemplo, que era disputado por Grêmio Maringá e Londrina, que hoje nem disputam a primeira divisão do Paranaense. Voltando aos dias atuais, finalizamos com o Coritiba tendo o melhor ataque com 42 gols feitos, e a defesa do Atlético sendo a menos vazada com 13 gols. Na artilharia, dividiram o posto Bruno Mineiro do furacão, e Ariel do Coxa, ambos com 11 gols cada. No âmbito dos times, observamos um Atlético despreparado, sem um elenco qualificado para uma disputa de Série A, onde é sério candidato a repetir feitos de anos anteriores, figurando entre os desesperados na fuga do rebaixamento. O Coritiba se mostrou mais organizado, manteve a mesma base, se desfez dos jogadores problemas vindos do nordeste, e com uma diretoria com visão e pés no chão, encontrou a formula para atingir o objetivo que era resgatar seu torcedor. Resta agora ver como será esse inicio em Joinville na segundona. Já o Paraná Clube é um deus nos acuda mesmo. Salários atrasados, sem comando técnico, e jogadores de nível no mínimo duvidosos. A situação do time de vila Capanema se mostra cada vez pior. Torcer para que as novas parcerias tragam bons frutos para dar pelo menos um time digno ao tricolor, que a torcida tanto merece.

sábado, 24 de abril de 2010

O Título da sequência


O Coritiba sagrou-se campeão paranaense de 2010 sobre seu maior rival Atlético. Uma vitória incontestável por 2x0 sacramentou o que já era esperado pela maioria. Mais quais fatores foram predominantes para que esse título viesse de forma tão esperada? Bom, penso que primeiramente a manutenção do técnico Ney Franco foi um grande passo a frente para a recuperação do abalado alviverde após o rebaixamento.
Na sequência vem outro fator que tem extrema importância. A permanência daquela espinha dorsal que sentiu o rebaixamento e que se viu comprometida com o clube, a torcida e com os companheiros a reerguer o Coxa formada por Edson Bastos, Jéci, Leandro Donizete, Marcos Aurélio e Ariel, aliada a chegada de reforços de qualidade como Rafinha, e das gratas surpresas vindas da base como Marcos Paulo, Renatinho e Lucas Mendes nos mostrou desde as primeiras rodadas que o Coritiba trilhava o caminho certo, enquanto atleticanos trocavam de treinador, mudavam de esquema tático a todo jogo, e os paranistas não se encontravam de maneira nenhuma.
Ney Franco estabeleceu o 3-5-2 com esquema base, encontrou seu 11 ideal, e trabalhou muito bem as possíveis variações, e desfalques. O grupo do Coritiba então se mostrava unido, encorpado, conquistando novamente até o torcedor mais desacreditado pelos fatos negativos de meses atrás, inclusive com jogadores declarando que caso viesse o titulo, não gostariam de receber o prêmio, o famoso ‘’bicho’’.
Mesmo com a derrota para o Paraná na primeira fase, única durante todo o campeonato, não se abalou e conquistou o famigerado “super mando” num empate em 1x1 com o Atlético, dentro da Arena.
Com essa vantagem, apenas administrou os dois pontos conquistados para a segunda fase e finalizou a sétima partida consecutiva em casa com a vitória no grande clássico Atletiba.
O torcedor agora vai confiante para a Série B, acreditando que o Coritiba pode conseguir o acesso logo no primeiro ano. Já ao Atlético restou repensar se essa dependência excessiva de veterano Paulo Baier, que não repete as atuações do ano passado e vem sendo marcado individualmente, pode ser benéfica ao clube, pois a torcida não vai suportar mais um Brasileirão lutando para não cair para a segundona.